Friday, July 21, 2006


PORAO PSICODELICO! Posted by Picasa

Tuesday, July 11, 2006


Porao Rock Club - Carlos cavalcanti, 1188 Posted by Picasa

Wednesday, July 05, 2006


� O CAR�O!!! GIANNINIS EM S�O PAULO! Posted by Picasa

PRIMEIRA TURNÊ! AS GIANNINIS NO RIO GRANDE - DIÁRIO DE BORDO

Sexta-feira, 30/06

O COMPANHEIRO DE VIGEM

07hs - Acordamos (ainda bêbadas) depois de uma hora mal dormida, já que só chegamos em casa às seis da manhã, depois do show de quinta no Motorrad. Chegamos na rodoviária, carregamos as bagagens e os instrumentos até o ônibus e embarcamos. Pegamos as primeiras poltronas, a Babi e a Deza sentaram juntas e eu fiquei na janela da fileira atrás do motorista, ao lado de um rapaz bem louco. Além de falar muito, ele era gago e repetitivo. Mas era boa gente. Só que àquela hora da manhã nós não estávamos com muita paciência para sermos simpáticas. O cara falava engraçado e a gente, bêbada, não conseguia conter o riso. Mas ele não levou a mal. Muito pelo contrário. Lá pelas tantas, depois de um bom cochilo (eu embrulhada num cobertor portátil de celofane que o Bruno me deu, mais parecia uma carne embrulhada no alumínio, um ovo de páscoa, sei lá!), acordamos com um humor menos ácido e ele declarou que nós fomos as melhores companheiras de viagem que ele já teve em 10 anos de estrada. Também, acho que ele nunca ouviu tanta merda saindo da boca de três gurias aparentemente bem apessoadas. A velha de trás se benzia a cada carão que a gente contava. E assim fomos, nos divertindo e divertindo (ou apavorando) as pessoas que sentaram próximas de nós.

SHOW NO REVIVAL ROCK BAR EM CAXIAS DO SUL

Depois de 11 horas de viagem, chegamos em Caxias. Pegamos um táxi até o hotel que ficava ao lado do Revival, o bar onde tocamos na sexta-feira. Deixamos as bagagens no quarto, demos aquela relaxada e fomos passar o som. O bar era um tesão, tinha uma puta estrutura e uma equipe de primeira. Os rapazes do som fizeram das tripas coração para montar nosso palco, já que não tinha ferragem de bateria e nem caixa de guitarra pra gente tocar, pois a pessoa responsável por isso simplesmente não apareceu. Depois de ligações desesperadas do nosso amigo Evandro Demari, numa tentativa de nos acalmar e de tentar alguma ajuda, um dos rapazes do som achou uns pedestais meio quebrados. E foi com eles que a Babi tocou. Sem prato de ataque e com o chimbal fechado em todas as músicas. E eu toquei num ampli de baixo. Mas como eu levei a Fender do Tarcis, o som até que ficou bom! Bah! Mas antes do show me deu a maior dor de barriga. Não sabia se era porque estava nervosa, se era porque tinha bebido muito na noite anterior, ou se a coxinha que eu comi na beira da estrada tava fazendo efeito, ou se tudo isso junto... o fato é que todas nós estávamos apreensivas, sem saber o que seria do show. Mas no fim tudo deu certo. O piriri passou, o show foi animal, a galera curtiu, até o dono do bar ficou de cara com nosso som! Ele disse que nunca esperou ouvir Birthday dos Beatles, tocada por um trio, só com uma guitarra, sem teclado (e sem nenhum homem)! Tudo bem, ele não disse sem nenhum homem, mas a gente sabe que isso está implícito na maioria das vezes... de qualquer maneira, saímos do palco com aquela sensação de dever cumprido. Então era só curtir e esperar o dia seguinte, em Sapiranga. Reencontramos o Gra, ex-tecladista dos Blackbirds, e ficamos tomando cerveja, conversando, tirando fotos malucas no camarim até às seis da manhã, e depois fomos dormir.

Sábado, 01/07

BRASIL X FRANÇA NA RODOVIÁRIA VELHA DE NOVO HAMBURGO

Acordamos uma da tarde, arrumamos as tralhas e pegamos um táxi pra rodoviária de Caxias. Lá nos informaram que para irmos para Sapiranga, teríamos que pegar um ônibus até Novo Hamburgo, e depois um outro, “pinga-pinga”, pra Sapiranga. Íamos perder o primeiro tempo do jogo. Descemos a Serra Gaúcha quase botando os bofes de fora, mas admirando a paisagem e todas as belezas do lugar. A Babi nem viu nada, dormiu a viagem inteira, pra variar. Eu e a Deza viemos tentando escutar o jogo no radinho, mas bastava o ônibus fazer uma curva e a transmissão era interrompida. Tudo bem. Não teria valido a pena mesmo... chegamos em Novo Hamburgo e o segundo tempo já tinha começado. Descemos as bagagens e nos instalamos numa lancheria da rodoviária. Bastou a gente chegar e a França fez um gol. Pedimos uma cerveja. Fumei um cigarro atrás do outro, roí todas as unhas, xingamos, torcemos, gritamos, e nada adiantou. O penta é nosso. O hexa que se foda. Agora era Gianninis rumo à Sapiranga. Enquanto esperávamos o tal do pinga-pinga, uma garota muito simpática veio perguntar onde iríamos tocar e qual era o nome da banda. Quando a gente disse que se chamava Gianninis, a garota ficou pasma! “Sabe como eu me chamo?” ela perguntou. E nós respondemos: “Giannini”! Muita coincidência. Até tiramos uma foto. A garota nos deu sorte, o show em Sapiranga foi tri-afú!

GIANNINIS E JUPITER MAÇÃ NO BAR DO MORRO EM SAPIRANGA

De táxi fomos para o Bar do Morro, um lugar muito louco que fica na zona rural da cidade. Deixamos as coisas no palco e subimos pro camarim, que é a casa do casal proprietário do bar, a Diuli e o Cabelo. Nos arrumamos e descemos pra tomar uma cerveja e jogar uma sinuquinha (a Babi me deu uma lavada). De repente chega o Júpiter, já bem maluco. Então nos apresentamos, conhecemos todo o pessoal da banda, assistimos à passagem de som deles e aos poucos a galera já tava começando a chegar. Subimos de novo no camarim, tomamos outras cervejas, tocamos uns Kinks com os caras do Júpiter, e depois descemos pra tocar. Já tinha umas 300 pessoas no bar e o dono disse pra gente esperar mais um pouco, que vinha mais gente. A ansiedade era grande, mas estávamos confiantes. Subimos no palco. “Boa noite! Nós somos As Gianninis, de Curitiba. É um prazer estar aqui com vocês! Este é Um Lugar do Caralho! Vocês são oátimos!” E entra a bateria de Think Pink. O show começa. A galera grita, aplaude, dança, curte pra caralho, do início ao fim. Pediam Kinks, tocávamos Kinks. Pediam Ramones, tocávamos músicas próprias, e a galera curtia e aplaudia igual. Quando o show terminou, ninguém deixou a gente descer do palco. Mais um! Mais um! Tocamos o bis (nem lembro que música foi) e nos despedimos, anunciando o grande show da noite: Júpiter Maçã. Depois de recebermos os cumprimentos do público, subimos no camarim e o Júpiter e os caras da banda também nos elogiaram muito. Ah, como foi bom ouvir deles que mandamos bem. A gente tava que não se agüentava. Agora era só se jogar. Xanda, Deza e Babi dando muitos carões no bar. Conhecemos muita gente legal, inclusive o Evandro, que descolou uma carona e um lugar pra gente ficar sem precisar pagar hotel.

Domingo, 02/07

A CASA BRANCA E O RETORNO DAS GIANNINIS

No dia seguinte acordamos na casa branca, tipo uma república onde moram garotos roqueiros, educados e divertidos. Tomamos um chimarrão, comemos bergamota do pé e pegamos outro táxi pra rodoviária de Sapiranga. De lá, embarcamos no pinga-pinga pra Novo Hamburgo e descobrimos que em São Leopoldo poderíamos antecipar nossas passagens de volta. E lá fomos nós cheia de tralhas pra São Leopoldo. Almoçamos às cinco da tarde um prato feito: arroz, feijão, batata frita e bife acebolado, a nossa primeira refeição descente desde quinta-feira. Finalmente no ônibus rumo à Curitiba! A Babi dormiu a viagem inteira, eu me embrulhei na coberta de celofane e dormi bastante até, a Deza veio lendo “O Retrato de Dorian Gray” e só conseguiu pegar no sono pouco antes de chegarmos. Desembarcamos na segunda, às seis da matina. Na nossa cara estavam estampados o cansaço e já uma certa saudade do Rio Grande. De duas coisas vocês podem ter certeza: a primeira delas é que esta foi somente a primeira de muitas viagens que faremos para o sul. E a segunda é que, mesmo sentindo muito a ausência de nosso querido guitarrista Vermelho, As Gianninis fizeram dois puta shows e representaram muito bem o rock de Curitiba. Um brinde para nós! Nós somos oátimas!

NOSSOS SINCEROS AGRADECIMENTOS...

Ao Julião da banda gaúcha Blackbirds, que foi o responsável pelos dois shows marcados lá. À Prefeitura Municipal de Piraquara, que patrocinou nossas passagens. Ao Evandro Demari, que deve ter gastado uma fortuna em telefone ligando o tempo todo, por se preocupar com gente. Ao Gra, ex-tecladista dos Blackbirds, a única pessoa que já conhecíamos que foi nos assistir! Ao Rodrigo Parisotto, dono do bar e grande figura, pelo ótimo tratamento (pizza e cerveja, hmmm, delícia!), ao Cenci e ao pessoal que arrumou o som pra nós, ao Alexandre e a toda a equipe do Revival. Muitos agradecimentos à Diuli e ao Cabelo, ao Jairinho e a todo o pessoal do Bar do Morro, e também a toda a galera do Júpiter Maçã, Flavio, Talitha, Tina, Rei, Doce, Lucas, todos vocês que dividiram conosco bebidinhas, comidinhas e outras coisinhas mais. Hehehe... vocês são oátimos! E finalmente, agradecimentos ao Evandro, Diogo e aos guris da Casa Branca, que nos abriram as portas às seis da manhã pra gente dormir lá! A todos vocês que foram nos assistir e às garotas que curtiram e dançaram com a gente até o fim da festa, muito obrigada.